A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que tem como hospedeiro definitivo o gato doméstico. Dessa forma, o gato elimina a forma infectante deste protozoário em suas fezes, se estiver contaminado. Outros mamíferos podem ser hospedeiros intermediários: como os humanos, bovinos, cães, roedores etc. – isso quer dizer que podemos ser infectados, mas o protozoário não completa seu ciclo de vida no nosso organismo e não atuamos como transmissores do mesmo.
A forma mais comum de contágio do ser humano pelo T. gondii é a ingestão de carne contaminada mal-cozida e água contaminada. Portanto, os gatos têm sido retratados como os vilões da toxoplasmose erroneamente.
Os gatos podem eliminar a forma infectante do parasito (oocistos) nas fezes por 3 a 21 dias após a infecção primária e o mais provável é que nunca voltem a eliminar os oocistos. A repetição do episódio de eliminação pode ocorrer em gatos imunossuprimidos, como os infectados por retrovírus (FIV ou FeLV) e aqueles que realizam tratamentos com drogas imunossupressoras (como a quimioterapia).
Após ser eliminado nas fezes do gato, é necessário que o parasito fique no ambiente por um período mínimo de 24 horas, exposto ao oxigênio e a condições ideais de temperatura e umidade, para se tornar infectante (oocisto). Para o ser humano ou outro animal se contaminar através do gato, é necessário que haja ingestão do oocisto, presente nas fezes de um animal infectado, que esteja eliminando oocistos – o que é difícil de acontecer.
A toxoplasmose felina tem tratamento e a prevenção é o melhor remédio. Portanto, hábitos como acesso à rua e alimentar os gatos com carnes e peixe crus, devem ser evitados. O médico veterinário é o profissional mais capacitado a orientar sobre doenças dos animais transmitidas a seres humanos (zoonoses). Procure nossa equipe no Setor de Felinos para sanar suas dúvidas em relação à transmissão da doença. Não abandone um gato por preconceito ou falta de informação.